sábado, 26 de novembro de 2011

NUMA SALA DE CINEMA

Na época em que se conheceram, ele tentou conquistar ela convidando-a para sair. Ele ainda não a conhecia direito, haviam se visto apenas uma vez, e ele tentou algumas abordagens. Balada? Ela não gostava. Barzinho? Ela não bebia. Cinema? Opa, ponto fraco. E foi em um cinema que tudo começou.
Ele não sabia mas aquela foi a primeira vez que ela fora a um cinema acompanhada apenas de um menino. E um menino que ela sabia que estava interessado nela. Assistiram ao filme dividindo pipoca e refrigerante e ele tentava diversas abordagens para ficar cada vez mais próximo dela. A mais ousada foi segurar o copo do refrigerante, suado pelo gelo, e com a mão molhada, “enxugar” suavemente sobre o braço dela. No começo ela olhou feio para ele, revoltada com a “brincadeira” que deixava seu braço molhado e gelado, mas depois ela percebeu que a cada vez que ele encostava a mão molhada no braço dela, ele fazia um suave carinho, ainda tímido e inseguro, numa tentativa desesperada de chamar a atenção dela e demonstrar seu interesse.
O filme terminou, o rosto dele estava a milímetros do dela mas nada aconteceu. Apesar disso, ir a um cinema se transformou no programa preferido dos dois e não há nada no mundo que ela ame mais do que cada mínimo detalhe que envolve ele, ela e uma sala de cinema.

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